4 de março de 2008

Manobras de Diversão

Quem está a tentar fazer dos Flavienses estúpidos?

Durante este último ano, muito se falou e escreveu sobre as causas do encerramento da Maternidade do Hospital de Chaves.


Hospital Distrital de Chaves iniciou a sua actividade em 1983


Afinal… de quem é a culpa?

O Município de Chaves dito “Defensor dos Direitos dos seus Munícipes”, aldraba, destrata, finge e, por último, sacode a água do roto capote.
O Município de Chaves, dito “Defensor dos Direitos dos seus Munícipes”, nem se digna a um decente e proporcional “máxima culpa”.

A falta de decência do presidente da Câmara, João Batista, não pode fazer esquecer a indecência do ex-ministro da Saúde, do presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro - Carlos Vaz, da Comissão de Defesa do Hospital de Chaves, do Dr. Alexandre (Obstetra), e da Autarquia Flaviense. Esta será responsável em última instância pela aldrabice, mas é responsável de primeira linha pelo fugidio e desproporcional lavar de cara, deixando as remelas.

Para os mais distraídos “O Flaviense” irá publicar, nos próximos dias, todos os Capítulos referentes ao encerramento, esvaziamento e desmantelamento das valências do Hospital de Chaves em prol do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Será apresentada documentação, entrevistas e declarações de todas as entidades e Partidos Políticos envolvidas neste processo, refutando mas também denunciando todo o tipo de omissões e aldrabices dos intervenientes.

Há neste processo muitas coisas que todos os intervenientes, com diferentes níveis de interesse e de influência sobre a questão, especialmente o presidente da Autarquia João Batista, têm de explicar aos flavienses.

1 de março de 2008

O Jornal do Mês



Pela sua postura de Apartidarismo e Defesa dos Interesses Flavienses, publicando todas as Noticias e Artigos de Opinião que digam respeito a cidade de Chaves, sem servilismo ou prévia censura, mesmo que essas notícias ou críticas sejam incómodas para o Poder Local.

Providência Cautelar

Definição:

Processo judicial instaurado como preliminar a uma acção, ou na pendência desta, como seu incidente, destinado a prevenir ou afastar o perigo resultante da demora a que está sujeito o processo principal.
Através de uma indagação rápida e sumária, o juiz assegura da plausibilidade da existência do direito do requerente emite uma decisão de carácter provisório, destinada a produzir efeitos até ao momento em que se forma a decisão definitiva.

Assim, a sua finalidade é de impedir a consecução do ato, ou de seus efeitos, ou afastar a omissão consoante a tradução da natureza da ilegalidade, do abuso de poder, da lesão ao património publico, etc.

Essa provisão judicial possui carácter de Emergência, traduzindo-se em solução acauteladora de um possível direito agravado no instante do ajuizamento da respectiva acção, ou ameaçado com esse agravo, o que em ambos os casos poderá impor prejuízo irrecuperável se não for assegurado de Imediato, tornando inócua a concessão da segurança desejada, a efectiva repressão a danos ao meio ambiente, lesões ao património público ou a qualquer outro tipo de tutela vindicada, demonstrando-se, por efeito tardio qualquer provimento judicial meritório, tendente ao reconhecimento de direito já impossível de ser exercido, quer parcial ou totalmente.

Diz ainda o Código de Processo nos Tribunais Administrativos, no Artigo 113.º:
2O processo cautelar é um processo Urgente e tem tramitação autónoma em relação ao processo principal, sendo apensado a este.

Por tudo isto pode-se considerar que a Providência Cautelar contra o encerramento da Maternidade (27 de Dezembro de 2007), apresentada no dia 25 de Fevereiro de 2008 pelo Município de Chaves, é extemporânea.

Devia ter sido interposta em princípios de Dezembro de 2007, quando se soube (Foi amplamente divulgado por toda a Comunicação Social), que a Maternidade iria ser encerrada a finais desse mesmo mês.
Pergunte-se ao Sr. João Batista porque apenas o fez dois meses depois do seu encerramento?

No local onde estava a funcionar a Maternidade, foi já instalada a Cirurgia de Ambulatório e não é plausível acreditar, que se vá novamente desmantelar este serviço (Cirurgia de Ambulatório), para reinstalar novamente a Maternidade.

É uma Arteirice do Sr. João Batista, que esta a tentar fazer dos Flavienses burros.

28 de fevereiro de 2008

Aldraba e Aldrava

Até há uns dias nunca tinha pensado na etimologia das palavras – para mim ambas (Aldrava sinónimo de Aldraba), tinham as mesmas funções – Utilizávamos as aldrabas “peça de ferro ou bronze, em forma de argola ou martelo, para bater, abrir ou fechar portas.”

Mas pelos vistos a significância não é assim tão linear:
No “Vocabulário Português de Origem Árabe”, diz que a palavra Aldrava (Aldraba) vem do árabe «Ad-Dabbã» e define-a como “trinco, lingueta, ferrolho.”

No Dicionário, encontramos esta caracterização: “tranqueta de ferro com que se fecha a porta; peça metálica para bater às portas.
– Segunda pessoa do singular do imperativo do verbo aldrabar.
– Terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo aldrabar.



Posto isto, e pondo de lado o ponto de vista técnico, em Chaves ainda existem alguns exemplares de Aldrabas ou Aldravas, conforme a imagem que aqui apresento.
Deixo ao critério de cada um a designação ou definição a aplicar a cada uma delas.

Providência cautelar

Maternidade Cap. XIIIversículo III

No dia 25 de Fevereiro, foi posto em cena, mais um Capitulo da novela “Maternidade de Chaves”.


Versículo I
Aquando o encerramento da Maternidade de Chaves, no dia 27 de Dezembro de 2007, o presidente da Câmara de Chaves, o social-democrata João Baptista, afirmou em declarações à Lusa e a :
Uma providência cautelar dará entrada no Tribunal Administrativo Fiscal de Mirandela – logo nos primeiros dias de 2008”, visando a reabertura do bloco de partos do hospital local.

Versículo II
Com o passar dos dias e perante o silêncio e o desinteresse patente da autarquia, os Flavienses questionaram, de diversas formas, o presidente da Câmara de Chaves, sobre o atraso e a falta de cumprimento de mais uma promessa assumida pelo mesmo.
O PSD, convocou a imprensa local, tentando justificar a posição que o PSD sempre teve sobre o Hospital e a dar resposta às varias criticas que lhe eram atiradas. No meio da argumentação, falaram em “boatos de café” e a ataques anónimos., que tinham como uma obsessão única, atacar a Câmara de maioria PSD e o presidente da Câmara.
A apresentação da providência cautelar foi, entretanto, adiada para o dia 28 de Janeiro de 2008

Versículo III
Estes dois meses, foram passados, a atirar pedras aos telhados alheios, quer por intermédio dos meios controlados pelo seu “Assessor de Imprensa”, quer pelos cronistas de “Opinião”.
Fruto das posições públicas e perante a contínua pressão da opinião publica a que se somou “Alguma” Imprensa Local, o presidente do Município, João Baptista, entregou, finalmente, na manhã do dia 25, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela (TAFM), uma providência cautelar para reabertura do bloco de partos do hospital de Chaves.

Mais uma vez, o autarca, atira a culpa do encerramento da Maternidade para os outros, escamoteando a sua cota de responsabilidade.


O autarca flaviense sustenta que a medida visa o cumprimento do despacho do Ministério da Saúde quando relatava que só haveria lugar ao encerramento da maternidade de Chaves, depois de melhoradas as acessibilidades.
Para o edil, apesar de concluída a A24, entre Vila Real e Chaves, algumas localidades de concelhos vizinhos abrangidos pela unidade de saúde flaviense não viram ser melhorados os acessos e "existem pessoas que estão a cerca de três horas de Vila Real
".

Apesar da extemporaneidade da Providência Cautelar, diz, o Sr. João Batista, confiar numa decisão favorável do TAFM mesmo tendo em conta que as restantes providências cautelares, apresentadas por municípios afectados com o fecho de maternidades, nunca deram lugar à reabertura dos blocos de parto.


O Flaviense”, permite-se transcrever odo dia 4/01/2008

Bocas Verrinos(s)as
A Dormir de pé e às aranhas!!!

"É certo que o caso, como quase todos, pode ser visto por outro prisma. Ou seja, que mais vale tarde do que nunca. À boa maneira portuguesa, há sempre um dito popular para salvar a honra do convento. Mas lá que custa a entender uma reacção tão tardia lá isso custa. Dá ideia de desnorte, insegurança e falta de estratégia. E não está em causa o ser contra ou favor. Está em causa a firmeza e a convicção nas posições que se tomam. "

23 de fevereiro de 2008

Zeca Afonso sempre

Compositor – Cantor – Poeta – Cidadão Maior


Mais conhecido por Zeca Afonso, foi um dos cantores e compositores de música de intervenção português mais importantes do nosso Portugal.
Escreveu, entre outras coisas, música de crítica à ditadura fascista que vigorou em Portugal desde 1933 até 1974. Zeca foi um compositor notável, soube conciliar a música popular portuguesa e os temas tradicionais com a palavra de protesto, na recusa permanente do caminho mais fácil, da acomodação, no combate ao fascismo salazarento, na denúncia dos oportunistas.

Cronologia

1929 – Nasce em Aveiro, no dia 2 de Agosto, José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos.

1956 – Foi marcado pela candidatura de Humberto Delgado, nas eleições presidenciais. Zeca Afonso acompanhou de perto a campanha eleitoral.

1963 – Grava "Os Vampiros", um dos temas fundamentais da sua carreira.



1970 – Grava em Londres "Traz outro amigo também". Rui Pato impedido de sair de Portugal é substituído na viola por Carlos Correia (Boris).

1973 – Em Abril de 1973 esteve preso durante vinte dias em Caxias, onde escreve entre outros textos “Era um redondo vocábulo”. Pelo Natal publica o disco "Venham Mais Cinco" gravado em Paris, de novo sob a direcção de José Mário Branco. Foi o último disco de José Afonso antes da revolução de Abril.

1974 – No dia 24 de Março José Afonso participa no I Encontro da Canção Portuguesa, em Lisboa. Debaixo do olhar atento da PIDE, passaram pelo palco do Coliseu alguns dos nomes mais sonantes do canto de intervenção, como Adriano Correia de Oliveira, José Barata Moura, Fernando Tordo, José Carlos Ary dos Santos, Fausto, Vitorino. Terminam a sessão com «Grândola, Vila Morena». Militares do MFA estão entre a assistência.

No dia do espectáculo, a censura avisara a Casa de Imprensa, organizadora do evento, de que eram proibidas as representações de «Venham Mais Cinco», «Menina dos Olhos Tristes», «A Morte Saiu à Rua» e «Gastão Era Perfeito». Curiosamente, a «Grândola Vila Morena» era autorizada.

No dia 25 de Abril é derrubado o regime fascista de Marcelo Caetano, pelo Movimento das Forças Armadas. “Grândola Vila Morena” é escolhida como senha para o arranque do movimento, passando na madrugada de 25 na Rádio Renascença.

1982 – Começam a conhecer-se os primeiros sintomas da doença do cantor, uma esclerose lateral amiotrófica. Trata-se, aparentemente, de um vírus instalado na espinal-medula que, de uma forma progressiva, destrói o tecido muscular e, normalmente, conduz à morte por asfixia. Actua em Brouges no Festival de Printemps.


1983 – A 29 de Janeiro, com José Afonso já em dificuldades, dá um espectáculo no Coliseu dos Recreios, para uma sala completamente cheia.
Do espectáculo resultará o disco "José Afonso ao vivo no Coliseu".
No Natal desse ano, grava “Como Se Fora Seu Filho”, o seu testamento político.
O Presidente da República, general Ramalho Eanes, atribui a José Afonso a Ordem da Liberdade, mas o cantor recusa-se a preencher o formulário.

1984 – A doença agrava-se. ”Livra-te do medo, estórias e andanças de Zeca Afonso” de José Salvador, é publicado pela Regra do Jogo.

1985 – Sai o seu último álbum, "Galinhas do Mato" com arranjos musicais de Júlio Pereira e Fausto. José Afonso só canta algumas faixas, devido ao seu estado de saúde estar prejudicado pela doença de que sofre.

1994 - O Presidente da República Mário Soares tentou de novo condecorar, postumamente, José Afonso com a Ordem da Liberdade, mas a mulher, Zélia, recusou, alegando que se José Afonso não desejou a distinção em vida, também não seria após a sua morte que seria condecorado.

A Morte Saiu á Rua




José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada em 1982. O funeral realizou-se no dia seguinte, com mais de 30 mil pessoas, da Escola Secundária de S. Julião para o cemitério da Senhora da Piedade, em Setúbal, onde a urna foi depositada às 17h30 na sepultura 1606 do quadro 19. O funeral demorou duas horas a percorrer 1300 metros. Envolvida por um pano vermelho sem qualquer símbolo, como pedira, a urna foi transportada, entre outros, por Sérgio Godinho, Júlio Pereira, José Mário Branco, Luís Cília e Francisco Fanhais.

Zeca Afonso foi um revolucionário que nunca deixou de perseguir aquilo que sonhou.

Na sua Autobiografia José Afonso afirma:

"Não me arrependo de nada do que fiz. Mais: eu sou aquilo que fiz. Embora com reservas acreditava o suficiente no que estava a fazer, e isso é o que fica. Quando as pessoas param há como que um pacto implícito com o inimigo, tanto no campo político como no campo estético e cultural. E, por vezes, o inimigo somos nós próprios, a nossa própria consciência e os alibis de que nos servimos para justificar a modorra e o abandono dos campos de luta."
" Admito que a revolução seja uma utopia, mas no meu dia a dia procuro comportar-me como se ela fosse tangível. Continuo a pensar que devemos lutar onde exista opressão, seja a que nível for."


Dizem que morreu há 21 anos

21 de fevereiro de 2008

O FLAVIENSE

O FLAVIENSE
Semanário Republicano Independente






O Semanário “O FLAVIENSE” iniciou a sua publicação no dia 21 de Fevereiro de 1915, faz hoje 93 anos.

Era um “Semanário Republicano e Independente”, propriedade da empresa “O Flaviense”, tinha como Director José Mesquita e Editor Luís António Esteves.


Entre o dia 21 de Fevereiro de 1915 e 3 de Setembro de 1916, publicou 76 números.



A sua Redacção e Administração situavam-se no “Largo do Anjo” na que era então a “Papelaria Mesquita”.

Fotos de Hoje e de Sempre

Ponte Romana 1925 / 1930


Ponte Romana 2008

13 de fevereiro de 2008

Faz 43 Anos

13 Fevereiro 2008 – 13 de Janeiro de 1965

Humberto da Silva Delgado nasceu a 15 de Maio de 1906, em S. Simão da Brogueira – Torres Novas e foi assassinado pela PIDE a 13 de Fevereiro de 1965, em Villa Nueva del Fresno, perto de Badajoz (Espanha) após vários anos de exílio.

Humberto Delgado

Termina o mandato do Presidente Craveiro Lopes. Em Fevereiro de 1958, Humberto Delgado declara-se Candidato à Presidência da República, contra o almirante Américo Tomás (apoiante de Salazar). Reúne em torno da sua candidatura toda a oposição ao regime, mormente os comunistas.

“Obviamente demito-o”

Bastou uma simples frase, para que Humberto Delgado, escrevesse o seu destino na história política de Portugal contemporâneo.

O episódio a que esta frase se refere, passou-se em Lisboa no café “Chave de Ouro”, no dia 10 de Maio de 1958, respondendo a uma pergunta feita pelo jornalista Mário Neves, correspondente da France Press:

“Qual a sua atitude para com o Sr. Presidente do Conselho se for eleito?”

O ”General sem medo” disse: "demito-o, obviamente", a afirmação passaria à história com as palavras em ordem inversa.

Foi a frase de declaração de guerra ao regime, que verdadeiramente iniciaria o caminho que o introduz na História, e lhe carreia o cognome de "General sem Medo".

Com esta resposta, passou de um General candidato, a grande esperança da democracia em Portugal.

Depois das eleições, que ficaram conhecidas por constituírem uma maciça fraude eleitoral, Salazar promove, em Agosto de 1959, uma revisão da Constituição, impedindo a eleição do Presidente da República por sufrágio directo, sendo substituído por sufrágio indirecto proporcionado por um colégio eleitoral de total confiança do Governo.

No rescaldo das eleições o governo demitiu Humberto Delgado das funções de Director-geral da Aeronáutica Civil, a 12 de Junho de 1958.

Avisado de que estava preparada uma falsa manifestação de apoio em frente da sua residência, com elementos da PIDE e da Legião, com intuitos de o assassinarem, refugiou-se na Embaixada do Brasil a 12 de Janeiro de 1959. depois exila-se para aquele país.

Assumiu a responsabilidade política da controversa captura o paquete "Santa Maria", operação levada a cabo por Henrique Galvão e membros do Directório Revolucionário Ibérico de Libertação (DRIL) em 22 de Janeiro de 1961.

Nos finais de 1961, Humberto Delgado entra clandestinamente em Portugal para tomar parte na fracassada revolta de Beja, conseguindo iludir a vigilância da PIDE durante quinze dias.

1963: Instala-se na Argélia e assume a chefia da Junta Patriótica de Libertação Nacional.

1964: Deixa a J.P.L.N. e funda a Frente Portuguesa de Libertação Nacional.

A PIDE, que já no Brasil fizera uma tentativa de assassinar Humberto Delgado, não podia falhar novamente e planejou minuciosamente o assassinato do opositor na chamada "Operação Outono".

A emboscada começou meses antes, quando membros da PIDE que se tinham infiltrado nos círculos de confiança do general o convenceram de que ele tinha que viajar para Badajoz, saindo da Argélia, para tentar derrubar o regime.

Foi assim que ele anuiu ir ao encontro de Badajoz. Convencido que se reuniria, em um escritório dos correios da cidade espanhola de Badajoz, com um grupo de opositores interessados em derrubar o regime, Delgado foi de facto ao encontro da morte.

13 de Fevereiro de 1965 é a data do encontro fatídico. Ele tinha tanta confiança de que tudo estava acontecendo dentro do previsto, que enviou do escritório dos correios quatro cartões postais a amigos residentes em quatro países diferentes, assinados com o pseudónimo (Deolinda).

O objectivo do envio destes postais correspondia a um código, previamente combinado, que significava: estou vivo e não estou preso.

Foi o último sinal de vida e por isso esta data é considerada a data do seu assassinato que se pressupõe ter ocorrido perto de Olivença.

O assassinato do "general sem medo" foi realizado por uma brigada de quatro agentes da PIDE que cruzaram a fronteira entre Espanha e Portugal usando passaportes falsos.

O grupo era comandado por António Rosa Casaco, acompanhado por Agostinho Tienza, Ernesto Lopes Ramos e Casimiro Monteiro, este último autor dos disparos que mataram Humberto Delgado e sua secretária, a brasileira Arajaryr Moreira de Campos.

Depois do assassinato, Rosa Casaco telefonou para o chefe da polícia política do regime, o major Silva Pais, a quem confirmou as mortes.

Passam-se semanas sem qualquer notícia do seu paradeiro.

Dois meses e meio depois, a 26 de Abril de 1965, os corpos do de Humberto Delgado e de sua secretária são encontrados por duas crianças, em adiantado estado de decomposição, perto da cidade de Villanueva del Fresno.

No entanto diversos elementos permitem identificá-los, dando início a um árduo processo judicial, que só terminaria após o 25 de Abril de 1974, com a condenação em tribunal militar dos ex-agentes da PIDE directamente implicados.

Em 1990 Humberto Delgado foi promovido a título póstumo a Marechal da Força Aérea e seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional em Lisboa.

Para lembrar o assassinato, de Humberto Delgado, no local exacto onde Casimiro Monteiro apertou o gatilho de sua pistola, foi erguido em 1995 um monumento que simboliza o triunfo da liberdade sobre a morte.

No dia 22 de Maio de 1958 em Chaves, cheio de entusiasmo, com o apoio popular crescendo em paralelo com a crispação das forças situacionistas, alem dos temas usuais, proferiu ainda esta celebre Frase:

EU ESTOU PRONTO A MORRER PELA LIBERDADE”.

*

12 de fevereiro de 2008

Ribeirão 2 – G. D. Chaves 1

II DIVISÃO – 21ª JORNADA
Estádio do Pascal, em Ribeirão

Marcadores:
Bruno Madeira (34”) pelo Chaves.
Leandro (46”) e Bura (89”) pelo Ribeirão.



Borges pode sair

A Direcção do Chaves reuniu-se ontem à noite para debater a continuidade de António Borges na liderança da equipa técnica. O Chaves perdeu domingo com o Ribeirão, mantendo mesmo assim a segunda posição na Série A da II Divisão, com os mesmos pontos de Ribeirão, Valdevez e Tirsense, mas as exibições da equipa - que ficou sem Edu Castigo, ontem operado ao malar esquerdo - não têm agradado.

Noticia do “O JOGO

6 de fevereiro de 2008

FOTOS DE SEMPRE

Ponte Romana - 1917

Chaves 2 Moreirense 2

O Chaves deu a sensação de ter o jogo decidido ao marcar dois golos em seis minutos (Carlos Pinto aos 17” e Bruno Madeira aos 23”).
Na segunda parte os minhotos, em dois lances de bola parada, (Quim de canto aos 68” e Cascavel de livre aos 81”) empataram o encontro.
Já perto do final do jogo o Moreirense esteve muito perto de marcar novamente.
Com este resultado o Desportivo de Chaves desceu para o segundo lugar da tabela classificativa (38 pontos) cedendo o comando ao União da Madeira (40 pontos).